Hoje estou num estado de espírito diferente; Apesar de ter escolhas importantíssimas a fazer num futuro muito próximo, e essas escolhas influenciarão (e muito) minha vida a longo prazo, estou dando menos atenção à isso do que deveria dar; Talvez pelo fato de saber que, de qualquer maneira, eu vou me dar bem por isso (não é arrogância não, é convicção), eu esteja numa falsa tranquilidade; Anyway, não é disso que quero falar, mas sim do que fiz hoje, e que tinha relação com meu passado recente.
Estive numa feira moveleira bem grande aqui na minha cidade, uma das maiores da América Latina, e, apesar de ir originalmente para encontrar um amigo, e conversarmos um pouco, (afinal de contas fazia tempo que não dava uma banda com ele) no fundo no fundo fui para confirmar uma coisa: ver o quanto é deprimente e pequeno esse mundo dos negócios; Pessoas vazias, que continuam por anos e anos fazendo praticamente a mesma coisa, perseguindo meta que muitas vezes eles nem querem ou não se identificam com elas, e deixando a vida levar eles, como se no final de tudo receberão grandes recompensas por essa suposta fidelidade. Percebo cada vez mais uma ânsia e um senso de urgência na vida dessas pessoas, e as consequências físicas são evidentes: estão mais gordos, mais calvos, mais estressados, enfim, caminhando num ritmo cadenciado e constante para seus destinos: o túmulo (ou no mínimo para uma cama de hospital).
Isso é confortante para mim, pois já estive lá, e vi como as coisas funcionam: você é sugado até a última gota, e quando não vale mais a pena contar com você, acaba recebendo a fatídica notícia, que seu tempo lá já era; Talvez isso possa parecer um desabafo amargurado de alguém que foi posto para fora sem muita explicação (e em parte de fato é), mas é também o testemunho de alguém que enxerga além de números e falsos apertos de mãos: esse é um relato de quem já provou desta fruta, e odiou seu gosto amargo.
Mas hoje também foi legal. Estava eu respondendo a quem me congratulou pelo meu niver, e recebi o mail de uma pessoa que me faz ter confusos sentimentos; Ela me foi muito importante há um tempo atrás, e depois de ter lhe destratado depois de eu não receber uma resposta por um mail que tinha mandado, não tinha mais ouvido (ou falado) dela. Mesmo assim, algumas vezes ela me vinha à mente, pois, como disse, ela me foi importante pra caramba. Anyway, ainda estou pensando em que tipo de resposta darei a ela, e quanto tempo demorarei para responder. Se me conheço, escreverei loguinho e falarei de cara o quanto ela tb me decepcionou, e quanto eu pensa nela de vez em muito. Vamos ver se contrario minha natureza.
Aliás, uma coisa que não sinto pressão em fazer é atualizar minha situação, tanto aqui qto na vida real; Uma coisa que meus amigos costumam dizer é que entro na bolha e só saio de lá quando quero, e nisso me sinto confortável, um eremita parcialmente sociável, um lobo solitário com muitos amigos.
Today´s soundtrack:
Fito Paez - 11 y 6